sábado, 17 de novembro de 2012

Capítulo 10 Nova Fanfic

Que isso...
Só são 5 dias que vocês leram o último capítulo postado... Alguém aí afim de ler o 10°? \0/
Eu acredito que algumas coisas vão começar a mudar, incluindo a narrativa que já um tempo imaginava que ia mudar os povs e tudo mais (pra quem não sabe os povs é quem narra a história). Tive uma ideia legal hoje e pensei em por na história, acho que vocês vão gostar... 
Talvez demore mais um pouquinho pra postar o 11 porque tô cheia de coisa pra fazer.
E pensar que na outra fic, esse (o 10°) era o capítulo final... o.O


Fanfic Momentos da Vida

Capítulo  10

Pov Thaís:

     - Thaty, que bom que você já chegou... Fez o dever de geografia? - Ya se arrastou para o meu lado assim que cheguei na sala de aula ainda (quase que por completo) dormindo.
     - Hum... Que dever é esse?
     - Aquele que tinha que pintar os país do mapa...
     - Ah... Fiz sim - abri a mochila e peguei o livro de geografia e abri na página, depois a entreguei - Só não esquece de me devolver.
     - Thaty... Você parece cansada... Não dormiu ontem por causa do seu príncipe encantado é? O que foi que ele ficou falando pra deixar com tanto sono... Não vai me dizer que ele é entediante, porque sinceramente não parece... E pelo jeito você não estudou pra prova né?
     - QUE PROVA???? - naquela hora eu definitivamente acordei.
     - Vish... A de inglês tonta, vai ser depois do horário de geografia, que é agora, mas pelo menos a gente vai poder ir embora depois que a gente terminar a prova... E se bem que tá fácil, ninguém estuda pra inglês...
     - Ya, quando diabos marcaram essa prova? - eu disse tentando domar meu cabelo que aquela altura certamente parecia mesmo uma juba de leão.
     - Uai... A um mês atrás, você não viu ali no quadro de bilhetes da sala? Tem o calendário com as datas. Mas não se preocupe é a última prova, e além disso não vai cair muita coisa, deve ser alguma coisa sobre present perfect ou então é voz passiva...
     - Voz passiva? Eu não sei nada sobre voz passiva. Em inglês é muito complicado eu não sei qual é qual e o que é o que...
     - Então, eu te empresto meu caderno, toma - ela me deu um caderno com a capa de uma bonequinha de cabelos castanhos e olhos azuizinhos.
     - Muuuito obrigada Ya, você é a melhor - eu disse basicamente devorando as páginas do caderno.
     - Sim, disso eu sei... Mas tenho que discutir algumas coisas com o seu vizinho, não é bom ele te deixar assim sem nem saber mais onde tá vivendo... - ela disse dando uma risadinha, mas eu nem prestei mais atenção, porque já estava sendo levada em direção à Voz passiva...

Pov Yasmin:

     Não tem coisa mais chata do que acordar cedo pra vir pra escola. Ops... Tem sim. Acordar cedo pra vir pra escola pra fazer prova
     Quero dizer... Tem uma coisa que me fez mudar de opinião. Eu estava fazendo a prova de inglês e tentando ajudar a Thaty, certo? Sim até aí está certo. Present perfect de um lado, passive voz de outro... 
     Enquanto eu estava fazendo a droga dessa prova, o professor resolve começar a tossir. Mas é do tipo, tossir pra valer e ainda por cima na minha cara! EECCAAA!! Eu sinceramente agradeci demais quando ele saiu ali do meu lado. Até parece que ele tinha que desconfiar que eu estava tentando ajudar a minha amiga a fazer aquela prova. Até parece que era cola. Mas não, não era cola, eu só sou uma amiga muito solidária... Sim eu tava mesmo tentando ajudá-la, mas isso o professor não precisava saber... 
     De repente o professor começa a ter um ataque no meio do nada. A sala inteira parou de fazer a prova pra empurrar as carteiras o mais longe possível da onde ele estava. Ele pediu, entre tosses, que continuássemos a fazer o teste e falou com um funcionário para vigiar a gente, enquantoa ele lógico, ia provavelmente pra enfermaria. 
     Eu terminei a prova em meia hora. Muito cedo, eu sei, mas não é culpa minha se estava fácil demais. Eu queria poder ir embora, mas infelizmente não tinha nem dado o horário mínimo ainda. Então inventei alguma coisa pra fazer. Comecei a escrever a letra de uma música que estava na minha cabeça. Era Where Have You Been da Rihanna. Fazia um tempo já que aquela música estava na minha cabeça, e eu não fazia ideia do por que. Só sei que quando começava eu ia cantando junto bem baixinho.
     Fui escrevendo o primeiro verso. A letra até que tinha ficado bonitinha e nem tão torta na última folha da prova. Comecei a escrever o refrão e com certeza devo ter começado a cantar bem baixinho pra não atrapalhar ninguém. Graças a Deus meu professor não estava ali pra jogar cuspe e nojeiras em mim e (tentar) dizer que eu não posso cantar nem que seja baixíssimo. 


♥  Where have you been?
'Cause I never see you out
Are you hiding from me, yeah?
Somewhere in the crowd  

     Reli tudo pra ir cantando enquanto escrevia.
     Nessa hora alguém bateu na porta. Olhei naquela direção imediatamente e ninguém podia reclamar já que eu fazia questão de não esconder que já tinha terminado a prova. Tinha um cara alto, moreno e pelo "físico" parecia forte. Não bombado. Apenas forte. Não consegui parar de olhar pra ele até que fosse falar com o funcionário alguma coisa. Pelo jeito era ele quem iria "tomar conta" da gente. Pra falar a verdade eu não me importava nem um pouco que ele tomasse conta da gente...

Pov Thaís:

     - Psiu... Ya, terminei, o sinal já bateu, você vai ficar aí mesmo desenhando, ou vai sair comigo? - eu disse sussurrando enquanto tentava driblar o novo cara que chegou pra vigiar a gente. Ele era até bonitinho, me lembrava bastante o Rafa, só que um pouquinho mais velho e mais "cheio de massa" como a minha mãe diria.
     - I've been everywhere, man looking for someone... Ah... Oi Thaty... Eu, hum... Ainda não acabei, preciso revisar umas coisas - ela disse desviando os olhos pro cara sentado na cadeira do professor, não sei se de medo de nos ver conversando ou se era outra coisa...
     Entreguei minha prova pro tal carinha e peguei minhas coisas. Saí da sala sem nem olhar por onde andava direito. É claro que tinha chances de eu esbarrar em alguém. Em alguém até bastante conhecido por sinal.
     - Opa... Eiii se não é a escritora da escola? - ele disse me fazendo lembrar que ele tinha lido alguns dos meus (ridículos) textos.
     - Se não é o cara que forçou a deixar ele ler meus textos horríveis?... - eu olhei pro chão mas não faço ideia do por que. Ainda não conseguia acreditar que ele tinha me dado um presente tão fofinho. 
     - Rafa a gente não ia lá no auditório ver como é? - só aí que eu reparei que dessa vez ele não estava sozinho. Tinha mais outros dois amigos com ele. Um que eu reconhecia ser da minha turma, acho que era Luca o nome dele. E o outro que eu definitivamente nunca vi na vida.
     - A gente vai pô. Aquele lugar é assobrado... Dizem que ali dentro tem uma alma de um aluno morto... Eaí Tha, vai querer ir com a gente? Ou será que tem medo?
     - Ahn? - eu disse antes deles começarem a falar que devia ser só uma lenda e o Rafa me empurrar dizendo que deve ser louco lá dentro.
     Eu nem lembro mais como foi que aceitei aquilo, só me dei conta quando todos eles estavam fingindo ser espiões e tentando ver se ninguém tava vendo a gente entrar. Minha primeira coisa na ficha suja da nova escola. Lindo isso, não?
     O auditório estava aberto. Nós quatro entramos. Estava tudo escuro e logo que damos o primeiro passo pra frente a porta se fechou. Alguém começou a gritar. Provavelmente era o Luca. O outro dizia alguma coisa retardada tipo "Buu.. eu sou o cara que morreu e tô aqui pra assombrar vocês" mas não convencia ninguém já que ao mesmo tempo que falava ele não parava de rir. Todo mundo fazia alguma coisa, menos o Rafa, que naquele escuro não dava pra vê-lo e muito menos saber onde ele estava já que não dizia nada. Só sei que perto da gente não estava porque pelo menos  calor de que alguém está por perto eu ainda sentia.
     Aquele lugar poderia sim ser de um filme de terror. As portas se fecharam sozinhas, tudo ali era muito escuro e eu mal sabia onde ficava o que. Não tinha nem chances de achar um interruptor!
     Do nada imagens de infância vieram. Eu tinha medo de escuro. Acho que sempre tive. Mesmo que eu saiba que monstros não vão me atacar, eu tenho medo do que posso encontrar lá dentro. Não é só monstro que assusta a gente. Definitivamente não. Mas eu nunca tive quem recorrer pra me salvar. Era sempre eu comigo mesma. Sempre tendo que me defender. Nas minhas histórias eu era na verdade a princesa corajosa que talvez não precisasse de um príncipe. Pelo menos não para essas questões de salvamento. Mas a escuridão era algo que eu não tinha defesas. Não tinha um escudo. Mesmo que eu não estivesse sozinha ali, eu me sentia que estava. 
     Cambaleei meio pro lado me sentindo tonta. Finalmente encontrei uma parede. Nunca havia entrado naquele auditório antes, então não fazia nem ideia do que tinha por lá. Fui andando acompanhando as linhas da parede. Elas me levaram até uma porta. Descobri isso porque tinha uma maçaneta redonda típica de porta. Ela estava aberta. 
     Entrei dentro do outro quarto, tocando em algumas coisas quadradas e pequeninas eu descobri que era uma cabine de edição de som e luz. Ali eu me sentia mais segura mas ao mesmo tempo a agonia não deixava de me corroer por inteira. Eu tinha que sair dali ou iria ser a primeira a gritar bem alto...
     Ouvi um barulho. De repente vi um palco na minha frente. Luzes de holofordes iluminavam ele todo e pude ver que havia algumas cadeiras na frente. Ouvi um barulho. Comecei a sentir um calor. Tinha mais alguém ali dentro daquela droga de cabine! Alguém que mexia nos editores de luz. Eu podia ouvir os garotos gritando do outro lado. Eu tive vontade de gritar. De repente uma luz iluminou minha mente!
    Comecei a remexer na minha bolsa. Maldita ideia de criarem uma bolsinha que abre pra baixo. Maldita ideia de ter escolhido ela pra vir pra aula... Por que tudo tinha que estar guardado no meu armário? Alguma coisa caiu no chão. Não consegui ver o que era, mas sabia que pelo barulho que fez era o meu celular. Um tênis raspou no chão de carpete da cabine. Minhas incertezas de que tinha gente ali desapareceram. Eu ouvia a voz de todos os meninos gritando alguma coisa sobre realmente ser assombrado. Minhas mãos tremiam. Por que eu tinha que ser tão medrosa?
     Tentei incorporar a princesa que sempre pensei ser. Eu não consegui. Minhas mãos continuaram a tremer e eu sabia que não era de frio. Apertei qualquer botão do celular e ele logo se acendeu. A luz dele era fraca e pouca já me guiava o bastante. Outro barulho de tênis raspando dessa vez indo pra longe, como se a pessoa de lá dentro não quisesse que eu jogasse um pedacinho de luz na cara dela.
     Ouvi o barulho da porta se abrir. E eu nem sequer devia estar perto dela. Eu quis gritar mas nenhum som saiu. Pelo menos meus pés respondiam aos meus comandos. Saí correndo sem saber pra onde ir. A luzinha do celular me mostrava que a porta de entrada do auditório não estava tão longe assim. Graças a Deus!
    Bati em algo (ou alguém) enquanto corria. Senti algo estranho. Braços me envolviam. Ainda ouvia gritos. Dessa vez um deles saiu de mim, mas bem baixinho. Suspiros me rondavam. Comecei a ouvir sussurros. Eu só podia estar louca! Meus pés não pararam. Bati de cara na porta. O bom que tudo estava escuro então ninguém viu. Apertei um botão qualquer do celular de novo só para ver onde estava a fechadura da porta gigante.
     Abri-a imediatamente sem saber pra onde ir, senti que os meninos todos estavam atrás de mim também pedindo loucamente pra sair dali. Percebi que minha bolsa estava aberta. Mas não tinha nada nela que pudesse cair porque tudo estava guardado em uma parte fechada por zíper. De qualquer forma nem ousei olhar pra trás. Só parei quando encontrei o banheiro feminino.
     Não tinha ninguém ali dentro. Menos mal porque eu não ia ter que explicar nada. Liguei a torneira e joguei um punhado de água na cara. O que diabos foi aquilo?


Me digam gente??
Esperam que tenham gostado tanto quanto eu gostei de escrever :DDD
xoxo
Bia

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